27.1.02

::Frígido

Esse poema celebra
A falta de inspiração
O nada, o ócio
Da mente e do coração
Celebra a total
Ausência de sentimentos
De aventuras, de prazeres
Dos bons e melhores momentos
Esse poema celebra
O excesso de clichês
Frase feita, lugar-comum
O artifício de ser artificial
A totalidade do nenhum
Celebra o feio, o insensato
O marginal, o mais errado
A estridência de um grito
E o poema infinito
Celebra a tristeza, o sofrimento
O caos no seu estopim
A frigidez, o ressentimento
E tudo mais que há em mim

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